Uma descarga de cores intensas buscam ar.
Abafadas num fluxo.
Ar, ar?
O fluxo pelo fluxo deságua em não-ser.
A ordem é identificar. Identidade!!!! Como?
Vermelho é vermelho, amarelo é amarelo, azul é azul, ... é,
é, é
Extrair do fluxo identidades provisórias, velando, velando.
Não, identidades, não. Não é isso!
Achei!
Singularidades, provisórias, um ar fresco no caos. Uma
brisa.
Singularidades do azul velando-se em tom sobre tom.
Guardando, num dobra de tons, um dentro de seu fora.
Singularidades de amarelos, velando vermelhos, guardando
calor.
Singularidades de verdes que demoram a se mostrar, receiosos
em tomar identidade.
Um de muitos.
E continuamos velando, velando, velando.
Velando-cuidando-zelando-zelando-cuidando-velando....
(Margareth Rotondo, 2012)
Uma visita especial:
FILIPE SANTOS FERNANDES
Li certa vez que “o tempo desenha um rosto que ignoro”. Talvez,
por buscar um sentido em mim para tal frase, prefiro falar de processos… Fui graduando em Licenciatura em Matemática pela UFJF. Porém, ao rememorar esse período, lembro-me principalmente dos amigos que tenho trazido comigo. Com alguns, tive bons momentos de leitura; com outros, bons momentos de conversa; alguns, fiéis companheiros de Bar da Esquina. Lembro-me também de mestres. Minha primeira (e ainda) mestre
é amiga do meu atual mestre. Sinto-me amigo dos dois. Quem sabe por isso a opção por cursar o Mestrado em
Educação Matemática na UNESP de Rio Claro. Gosto de lasanha, cerveja e brócolis, mas cada um desses gostos ao seu tempo (já tentei fazer lasanha de brócolis acompanhada de
cerveja, mas não recomendo). Atualmente, faço outros amigos. Boa parte deles são membros do Grupo “História Oral e Educação Matemática”, do qual também faço parte. Entretanto, o que mais sinto hoje é a saudade de
alguns amigos. Talvez aqui possa reencontrá-los… (Do livro Entre composições: formação, corpo e educação)
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