quinta-feira, 5 de julho de 2012

Aquarelar-pensar-corpar



Uma descarga de cores intensas buscam ar.
Abafadas num fluxo.
Ar, ar?
O fluxo pelo fluxo deságua em não-ser.
A ordem é identificar. Identidade!!!! Como?
Vermelho é vermelho, amarelo é amarelo, azul é azul, ... é, é, é
Extrair do fluxo identidades provisórias, velando, velando.
Não, identidades, não. Não é isso!
Achei!
Singularidades, provisórias, um ar fresco no caos. Uma brisa.
Singularidades do azul velando-se em tom sobre tom.
Guardando, num dobra de tons, um dentro de seu fora.
Singularidades de amarelos, velando vermelhos, guardando calor.
Singularidades de verdes que demoram a se mostrar, receiosos em tomar identidade.
Um de muitos.
E continuamos velando, velando, velando.
Velando-cuidando-zelando-zelando-cuidando-velando....
(Margareth Rotondo, 2012)











Uma visita especial:

FILIPE SANTOS FERNANDES

Li certa vez que o tempo  desenha um  rosto que ignoro.  Talvez, por buscar um sentido em mim para tal frase, prefiro falar de processosFui graduando em Licenciatura em Matemática pela UFJF. Porém, ao rememorar esse  período, lembro-me principalmente dos  amigos que tenho trazido comigo. Com alguns, tive bons momentos de leitura; com outros, bons momentos de conversa; alguns, fiéis companheiros  de Bar da Esquina. Lembro-me também de mestres. Minha primeira (e ainda) mestre é amiga do meu atual mestre. Sinto-me amigo dos dois. Quem sabe por isso a opção por cursar o Mestrado em Educação Matemática na UNESP de Rio Claro. Gosto de lasanha, cerveja e brócolis, mas cada um desses gostos ao seu tempo (já tentei fazer lasanha de brócolis acompanhada de cerveja, mas não recomendo). Atualmente, faço outros amigos. Boa parte deles são membros do Grupo História Oral e Educação Matemática, do qual também faço parte. Entretanto, o que mais sinto hoje é a saudade de alguns amigos. Talvez aqui possa reencontrá-los… (Do livro Entre composições: formação, corpo e educação)