quinta-feira, 14 de junho de 2012

Somente pela arte podemos sair de nós mesmos


Somente pela arte podemos sair de nós mesmos, saber o que um outro vê desse universo que não é o mesmo que o nosso e cujas paisagens permaneceriam tão desconhecidas para nós quanto as que podem existir na lua. Graças à arte, em vez de ver um único mundo, o nosso, vemo-lo multiplicar-se, e quantos artistas originais existiem tantos mundos teremos à nossa disposição, mais diferentes uns dos outros do que aqueles que rolam no infinito e, muitos séculos após se ter extinguido o foco do qual emanavam, chamasse ele Rembrandt ou Vermeer, ainda nos enviam o seu raio especial.

Marcel Proust, O tempo reencontrado

Continuamos com Proust e os signos de Deleuze. 
Exercício de hoje: velados.